quarta-feira, 28 de setembro de 2016

A qual.



Como ilustrar com palavras tudo isso ?
A qual, não temos certeza.
Pura poesia, impossível descrever tamanha beleza e ternura que habita em seus laços que entrelaçam minha cela.
Poeticamente foram tocados.
Alguns, divinamente ilustraram.
Outros viveram.
Alguns divinamente disseram.
Outros fizeram.
Como doce melodia.
Lindamente enche meus sentidos auditivos,
De Alegria, de musica, de poesia, de vinho.
De amor, de compaixão, de um simples ouvir.
Como ilustrar com palavras tudo isso ?
A qual, não temos certeza.
Sim, será progressivo sentir oculto.
Oculto falho, ou certo.
Oculto estranho, ou semelhante
Oculto longe, ou perto
Oculto simplesmente oculto, ou não.
Quem poderá conhecer o oculto da alma ?
Divino é aquele que conhece o oculto.

Leve brisa do mar sopra a pele desgastada.
Soando como alivio a alma.
Trapiche que se estende ao grande,
Sustenta opinião formada por alguns instantes.
Marcados Graciosamente. Poético.
Onde foi ilustrado ?

Como ilustrar com palavras tudo isso ?
A qual não temos certeza.
Talvez, em um breve sussurro. Foi ilustrado.

Por:  Ordnael Sevla.

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Reflexão V - Desabafo.


Sua dor assemelha-se a golpe de arma branca,
Cravejada em seu peito, atinge a alma.
Seu pranto, desconhecido e desolado,
Expressa-se decadente, sádico e improprio.
Seus olhos verdes refletem esperança;
Onde nunca foi.

Se perde em meio buscas intermináveis.
Marcadas por vestígios de sofrimento.
Poluído mar de prantos imerge a terra desfalecida por sua dor.

Remete um texto ilusório.
Como Poeta descreve algo que não se tem ?
Talvez, não exista.

Imploro: Sua dor refletida em poesia.

Por: Ordnael Sevla.





sábado, 17 de setembro de 2016

Nada disse.

             Dentro de minha tristeza, que afagava constantemente meus pensamentos, num momento de autopiedade, lanço ao mar um anzol com a esperança, dizendo que não teria muito tempo de vida.
               Ao fundo, ouço um suspiro, no aguardo de uma palavra costumeira de conforto ou de piedade, meus sentidos apurados e ansioso pela resposta, somente ouvi o que jamais poderia esperar:
            - Deixa eu cuidar de você o tempo que lhe restar ?
              Nesta hora, um acréscimo de estima tomou meu semblante, fiquei calado por alguns instantes, com um sorriso sem jeito, mas profundamente feliz: Nada disse.


Por: Wilian Olímpio.



Este texto me recorda exatamente um momento pelo qual passei neste mesmo lugar referido na imagem. Pontas das canas - SC.
Meus agradecimentos e cumprimentos literários ao autor, por permitir, através de poucas linhas, uma linda lembrança a qual vivi! Um grande abraço. Ordnael Sevla.

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Reflexão III - Desolado

Sua alma imerge em águas poluídas de um rio de sangue.
Suas mãos, tremulas, envelhecidas e impuras,
Demonstram estar tudo bem.
Sua face jovial aparenta meio seculo de sofrimento e dor.
Seus lábios carnudos, de cor escura, sussurram aos gentis,
Palavras irreconhecíveis, afinal, quem quer ouvi-lo?
Sua mente, aparada por novos rumores de prazeres escandalizados,
Já não se houve as vozes obscuras e sádicas.

Desolado, perdido em companhia de seu desolamento.
Desolamento, perdido em companhia de seu sufoco.
Sufoco, perdido em companhia de seu prazer.
Prazer, perdido em companhia de seu escárnio.
Escárnio, em meio escândalos.
Antes ocultos. Agora público.

Se encontra em um vazio.
Onde não se vê,
Onde não se ouve,
Onde não se fala,
Onde não se odora,
Onde não se toca.

Fantasias fantasiam fantasmas.
Fantasmas, desolados e incrédulos.
Insistem em assombrar suas assombrações mútuas. 
Não hesitam em persuadir suas escolhas: 

Escolher entre um passado puro e infeliz,
Onde a pureza é externa, interior vencera a tempo.
Onde seus prazeres sujos escarnecera e ocultara a alma.
Onde sua face reluzente ofuscara sua verdadeira personalidade.
Onde seu leito fizera assento e seus olhos despejara lagrimas.
Onde seus segredos mais ocultos firmara pensamentos.
De escárnio, ódio, dor e prazer.
À um futuro escandalizado pelo passado e pelo presente,
Onde sua alma experimenta liberdade de persuasão.
Onde seus pensamentos antes desolados a sua aceitação,
Agora desolados a julgamento dos credos e puros.
Onde suas lagrimas antes mascaradas,
Agora evidenciam seu sofrimento.
Onde antes escândalos ocultara sua alma,
Agora libertam sua personalidade.


Continua ...

- Ordnael Sevla


                                                                       










quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Reflexão II - O Ladrão

Como sempre esteve antes
Sem rumo no vazio em que habita
Já se foi sua inocência
Perdida em meio mundo a fora
Por luxo, prazer, fama.
Por falsos e talvez verdadeiros amores
Por escândalos martirizados em sua alma
Por cicatrizes marcadas pelo tempo
Por vozes que recitam o destino

Encontra-se em seu caminho
Gigantes que pensam e fazem
Que ganham, ora
Perdem subitamente pelo anonimato
Sem sequer deixar rastros relevantes
Não se permite erros

O jogo deve ser ligeiro
Entra-te, esboce uma reação comum
Caminhe como se já estivesse aqui outrora
Passeie pelos corredores calmamente
Apanhe, certamente o mais valioso objeto
Continue, como se estivesse reluzente
Não se ofusque
Em um rápido gatilho
Como magica, em algum canto, ou parte,
de seus bolsos, bolsa e corpo
Dirija-se a saída
Face frustada, Não há nada a que interesse.

Já ao lado de fora
Um breve sorriso, enche sua face.
Ofusca sua mente
Que insisti contrariar as vozes que o fala
Não há  oque fazer.
Não há mérito
Não há exito
Não há frustração
Não há lamento
Não há cruz
Não há Sol
Não há trevas

Resta-te parar e apreciar seu premio
O que já não vale tanta coisa aos teus olhos
Um lamento
...

Continua

- Ordnael Sevla







domingo, 7 de agosto de 2016

Reflexão I - Todos os dias

Oportuno tempo, reflete vaidade.
Ganancia, prisioneira de sua própria solidão.
Tão vazio como um objeto oco e opaco.
Se enche de futilidade, luxuria e consumismo.

Seus olhos refletem o tempo, desgastado por ócio.
Suas mãos frias, calejadas por escândalos ocultos,
Suam ansiedade, desejo e ódio.

Perdido em um corpo estranho.
Soa ternura e graça,
Duas faces reluzentes,
Uma de luz própria
Outra como a Lua.

Monótomo.
Amanhece, atarde-se.
Levanta-se, arraste-se os pés,
Olha-se o reflexo, admirada sua falsidade,
Uma dose de seu conhaque barato,
Três de café forte e amargo.
Arrasta-se novamente,
O mesmo cigarro queima lentamente,
Tragos demorados.
A cada um, um novo pensamento.

Uma tentativa frustada,
lutar-se contra si.
Sem efeito, resta-se um sorriso falso e oportuno,
Em cada momento compartilhado.
Todos os dias.

Continua ...


- Ordnael Sevla

quarta-feira, 6 de julho de 2016

Reflexão IV - Pensamento




"Prenda-te, Um pensamento oculto;

Um Eu escondido, desconhecido e pagão.

Vejas imagens desfalecidas, moldadas por luxuria.
Escandalizados pensamentos oportunos, 
Exitam conversar com a Alma.

Escarnio define pensamentear. 
Não há mais pureza;
Somente sofrimento e dor."

(Ordnael Sevla)